Mulheres na Tecnologia: um cenário desigual e como mudá-lo.
Neste artigo mostraremos a você como o mercado tecnológico é desigual para profissionais do sexo feminino, como a mudança desse cenário pode melhorar o mercado de trabalho, as novas soluções apresentadas e o mundo. E como um plus, mostraremos a trajetória de algumas mulheres na tecnologia que foram importantes para a história! Você não pode perder!
Sumário
A trajetória das mulheres na tecnologia.
Historicamente, as mulheres tiveram um atraso em relação a conquista de seus direitos e seu lugar na sociedade. Esse atraso aconteceu com o direito ao voto, direito aos estudos, direito de liberdade, entre tantas outras lutas. E infelizmente, na carreira profissional não é diferente. Principalmente na área da tecnologia.
De acordo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE, as mulheres compõem apenas 20% dos profissionais atuantes no mercado de TI no Brasil. Ainda que detenham grau de instrução mais elevado que os homens no mesmo setor, ganham 34% a menos que eles. Esses dados não são exclusividade do mercado nacional. Nos Estados Unidos, a porcentagem só sobe 5%. E mesmo assim, as profissionais ganham em média 10 mil dólares a menos que homens, mesmo ocupando cargos semelhantes
As mulheres são 51% da população mundial, então porque não criar um ambiente mais diverso? Onde haja colaboração de pessoas com competências e habilidades diferentes? Existem características femininas que podem ser exploradas e podem trazer diversos avanços, se os ambientes tiverem pluralidade. Os insights serão maiores e consequentemente, o alcance das soluções!
Por que a equidade de gênero é importante para a tecnologia?
Como dissemos acima, a diversidade de pessoas na tecnologia traria outra atmosfera para o avanço da mesma. Mas como assim?
No mundo existem diversos grupos de pessoas. Com diversos costumes e hábitos. E quando misturamos pessoas, com experiências e capacidades diferentes, adquirimos algo único. Pois, se a tecnologia é para todos, deve ser criada por todos. E afinal, quem melhor para falar sobre as necessidades de mercado para mulheres, por exemplo, do que uma mulher? Além do mais, a inclusão de pessoas de diferentes etnicidades, gêneros, cenários socioeconômicos pode trazer muito mais do que criação de soluções, mas pode criar um futuro mais igualitário para todos.
Incluir pensamentos diferentes para troubleshooting é uma ótima alternativa. Inclusive, tem sido aplicada por grandes empresas, pois o foco desse método é a inovação. Esse método é chamado de Open Innovation e nós falamos sobre em um artigo do nosso blog.
Atualmente podemos ver mulheres na linha de frente de empresas, como a IBM, que tem como Chairman, President and Chief Executive Officer, a Virginia M. Rometty. Uma profissional que desde sua entrada em 2012, tem focado em avanços tecnológicos como a nova era de Inteligência Artificial, Blockchain, Segurança de Dados e Tecnologias Quânticas. Trazendo liderando de mercado à IBM em termos de IA e Cloud Computing.
Inegavelmente, vemos que o futuro nos leva a uma revolução de como o mundo dos negócios e tecnológico era visto há 100 anos. E isso inclui o quesito social. Mas como é possível fazer essa transição?
Como mudar esse cenário?
No século passado, era comum ver mulheres nas salas de aulas em cursos de tecnologia. Entretanto esse número foi diminuindo com o tempo. A evasão das mulheres foi subindo até que chegou a um número que, de acordo com uma pesquisa feita pela organização Women in Tech (Mulheres na Tecnologia), somente 8% das vagas de desenvolvedores do mundo inteiro e 11% dos cargos executivos das empresas de tecnologia no Vale do Silício – polo tecnológico dos Estados Unidos, onde se encontram empresas como Microsoft, Apple e Google – são ocupados por mulheres.
Da mesma forma, a plataforma de trabalho freelance elaborou o Relatório de Trabalho Independente e Empreendimento. E por fim, demonstrou que os dados são ainda mais alarmantes no Brasil, onde apenas 6% dos profissionais na área de TI são mulheres.
Iniciativas que mudam o mundo!
De fato, existem algumas iniciativas que incentivam a inserção de mulheres na tecnologia, como o Women in Tech, uma organização criada na Finlândia que encoraja as mulheres a se especializarem nessa área que realiza eventos no mundo inteiro. Outro movimento que luta pela mudança desse cenário é o evento realizado pela PUC-RS, o Software Engineering Day (SE Day). Que em 2018 abordou esse assunto de forma prioritária.
É importante que essa movimentação parta desde o ensino médio, aos cursos de especialização como técnicos e chegue à universidade. Podem ser feitas por meio de projetos, oficinas, palestras ou gerenciamento de mudanças implantados pelas empresas. Esse cenário precisa ser mudado com urgência para que as meninas do nosso presente possam se tornar as profissionais do futuro. Afinal, além da falta de mulheres na área, há falta de profissionais qualificados no Brasil e com essa mobilização, o cenário pode ser revertido.
Abaixo deixamos o vídeo “Quem vai decidir meu futuro?”,produzido pelo Womens In Tech, que mostra a importância desse movimento.
E como prometido, em seguida mostramos brevemente algumas das mulheres mais importantes na tecnologia durante a história.
Mulheres importantes para a história da tecnologia
Ada Lovelace – A primeira programadora da história.
A Condessa Ada Lovelace, filha do famoso poeta Lord Byron, se tornou a primeira programadora da história. Ao trabalhar com o amigo e cientista Charles Babbage no projeto sobre a Máquina Analítica – evolução da Máquina Diferencial, uma máquina criada para executar e imprimir cálculos matemáticos. Surpreendentemente, Lovelace percebeu que a máquina tinha potencial para mais do que executar comandos. Então produziu um artigo que falava sobre um algoritmo criado para ser processado por máquinas, sendo esse o primeiro algoritmo da história.
Irmã Mary Kenneth Keller – Primeira mulher da história a receber um doutorado na área de ciência da computação
Mary foi uma freira nascida em 1913, nos Estados Unidos. Ela dedicou sua vida às ciências da computação. Foi a primeira mulher a receber um doutorado na área da ciência da computação. Decerto, sua trajetória foi importantíssima para a inclusão das mulheres no mundo tecnológico, pois a Irmã Mary sempre militou pela causa.
Katherine Johnson – A calculadora da NASA
A jovem Katherine, uma matemática negra com habilidades incríveis em cálculos foi uma das responsáveis pela chegada do homem ao espaço. Inegavelmente, sem ela, os Estados Unidos talvez não tivessem ganhado a corrida espacial. Diante uma época de segregação racial, falta de espaço para as mulheres, ela ainda sim se tornou a primeira mulher negra a assinar e receber créditos por um relatório de pesquisas.
Grace Hopper – A mãe da programação de computadores
Grace foi responsável pela COBOL ou como chamamos em português, Linguagem Orientada para Negócios. Essa foi a primeira linguagem complexa e até utilizada até hoje pelas organizações. Seu trabalho foi reconhecido por tornar a codificação algo mais fácil para todos. Após isso, ingressou na Marinha, e se tornou contra-almirante.
Frances Allen – A primeira mulher a ganhar o Prêmio Turing
Frances é conhecida por ser a primeira mulher a ganhar o prêmio Turing, considerado Nobel da Informática. Ela trabalhou na IBM por 45 anos e ajudou a mudar o modelo de computadores, daqueles “trambolhos” para os famosos tamanhos domésticos.
Conclusão
Em conclusão, após mostrar a problemática que temos nesse cenário atual, maneiras de mudá-lo e mulheres importantes na nossa história, queremos saber o que você acha!
Sabe de mais iniciativas que encorajem as mulheres a entrar no setor de tecnologia?
Conta para gente!